Final Fantasy 7 Rebirth tem a mesma base do Remake lançado em 2020. Porém, ele melhora absolutamente tudo que seu antecessor apresentou, além de trazer novidades que dão mais dinâmica e profundidade a todos os aspectos da sequência. Com certeza um dos jogos mais aguardados do ano que vem, FF7 Rebirth é o segundo game no projeto de recontar a história de um dos jogos mais icônicos e importantes da história da Square Enix e dos games.

A primeira parte desse projeto, Final Fantasy 7 Remake, recontou toda a parte da história que se passa na distópica cidade de Midgard e foi muito bem recebido tanto pela crítica quanto pelos fãs. Mas pelo fato de ele e a DLC Integrade só cobrirem uma parte do game original, lançado em 1997 para o PlayStation 1, ficou aquele gostinho de quero mais quando os créditos começaram.

Eis que temos o segundo capítulo dessa saga: Rebirth, que será lançado em 29 de fevereiro de 2024. O IGN Brasil foi até a Cidade do México, a convite da Square Enix, para poder jogar de maneira antecipada uma build do jogo, e trouxe a vocês as minhas primeiras impressões!

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A Missão do Monte Nibel

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Missão no Montr Nibel faz parte da campanha de FF7 Rebirth

No evento nos foram disponibilizadas duas demos: uma focada na exploração, e uma focada na história, em que revisitamos o passado de Cloud durante sua época de SOLDIER. Nessa parte da trama, o protagonista vai investigar um problema em um reator no Monte Nibel. Sim, aquele mesmo.

O nível segue de maneira bem linear, similar ao que foi o primeiro jogo. Porém, havia alguns segredos disponíveis para acharmos no meio do caminho, muitos que continham Matérias raras e bem fortes para aprimorarmos nossa arma e utilizarmos em combate.

Em ambas as demos era possível equipar as novas Matérias que encontrávamos nos slots disponíveis, mas não podíamos trocar as que já estavam equipadas. Contudo, fiquem tranquilos que na versão final poderemos personalizá-las como quisermos. Uma mudança que percebi logo de cara é que agora teremos orbes com dois tipos de magia, como Vento e Raio ou Fogo e Gelo. Isso abre mais possibilidades da maneira com que podemos montar nossos personagens e explorar a fraqueza de mais inimigos ao longo da campanha.

Acompanhando Cloud nesta missão está a nossa já conhecida Tifa e o lendário herói SOLDIER Sephiroth (sim, àquela altura ele ainda era considerado um herói de guerra). E sim, nós podemos controlá-lo em batalha, e como já era de se esperar, Sephiroth é bem overpowered. Sua jogabilidade é simplesmente insana e você evapora quase todos os inimigos em questão de segundos com suas habilidades e magias. Se você já jogou o Episódio Ardyn de Final Fantasy 15, sabe bem o que é “derreter” os inimigos quase que instantaneamente no controle de um vilão extremamente poderoso.

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Sephiroth é um personagem jogável e Final Fantasy 7 Rebirth

Já a gameplay com Cloud lembra muito o que já vimos em FF7 Remake, só que muito mais refinada. Seus movimentos são bem mais fluídos e naturais, tanto durante o combate quanto na exploração. A sensação de jogar com ele também está muito melhor, já que agora, podemos dançar com a Buster Blade pelo campo de batalha com mais agilidade e maestria. O impacto dos golpes também foi bem lapidado e você sente o peso e a força de cada ataque que acerta com a lâmina de Cloud.

Eu também senti uma melhoria considerável no Modo Soldado e Justiceiro, que altera bastante a maneira com que o personagem se movimenta, ataca e promove vantagens grandes em diferentes situações de combate.

Algumas de suas habilidades retornam do último jogo, como o Golpe Triplo e a Valentia, além de termos algumas novidades, com a minha favorita facilmente sendo o Corte de Raio e Fogo, que combina dano físico e mágico num golpe insano, que me remeteu muito a alguns dos combos de Final Fantasy 16.

Essa primeira demo é bem curta e linear, com nossa party seguindo um caminho bem direto até chegar na luta contra o Guardião da Matéria, o boss final dessa parte.

Habilidades de Sinergia

Durante a luta com o Guardião da Matéria nós somos introduzidos a uma das principais mecânicas novas de Final Fantasy 7 Rebirth: as Habilidades de Sinergia. Assim como no primeiro jogo, durante uma luta, conforme acertamos os inimigos com ataques básicos e as habilidades únicas de cada personagem, vamos construindo nossas barras de BTA (Batalha de Turno Ativo), que nos permite utilizar as Habilidades, Feitiços e Itens. Tudo igual até agora.

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Guardião da Matéria é um dos chefões de Final Fantasy 7 Rebirth

Contudo, é justamente aqui que as novidades começam. Quando gastamos nossa barra de BTA, além da barra de Limite, que permite lançarmos ataques poderosos individuais, nós agora enchemos uma quarta barra: a de Sinergia. Conforme vamos enchendo essa barra com os membros da nossa party liberamos as Habilidades de Sinergia, que são golpes poderosos em dupla que dão muito dano nos inimigos, além de nos concederem bônus temporários.

O primeiro que utilizei foi justamente um ataque combinado de Cloud e Sephiroth, que facilmente foi uma das coisas mais espetaculares que vi em toda a demo. Além de ser muito estiloso e dar muito dano no boss, esse ataque proporcionou um bônus de PM (Pontos de Mana) infinito por um tempo.

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Sinergia entre Cloud e Sephiroth gera um ataque combinado devastador

Além dessas técnicas especiais, é possível utilizar habilidades mais simples com os membros da sua party sem gastar BTA ou a barra das Habilidades de Sinergia. Basta pressionar o botão de bloqueio (R1 no PS5) e selecionar qual dos personagens você quer atacar com essas habilidades mas simples. Esses são ataques que dão bem menos dano, mas possuem outras utilidades, como ajudar sua party e construir BTA, ou simplesmente guardar ataques mais poderosos para inimigos mais desafiadores.

Em geral, o polimento das mecânicas já existentes de combate e a adição dos ataques de Sinergia elevaram o que já era um combate divertido e envolvente a um nível acima. O feeling único dos personagens também adiciona uma nova camada a esse sistema, já que será preciso experimentar e testar bastante para potencializar as vantagens de cada personagem sem expor demais suas fraquezas.

Chegada em Junon

Depois que derrotamos o Guardião da Matéria numa batalha bem intensa, a primeira demo termina. E assim podemos partir para a segunda. Essa é uma demo um pouco mais extensa, já que o principal foco dela é a exploração. Sim, outra grande novidade de Rebirth são as áreas semiabertas, com segredos, sidequests e até encontros com criaturas e inimigos poderosos para enfrentar.

Na build que jogamos a área de exploração foi reduzida e havia algumas paredes invisíveis delimitando onde poderíamos ir ou não. Os desenvolvedores, porém, explicaram que essas áreas estarão disponíveis na versão final e que ainda teremos muitas coisas para ver que não estavam na demo. Confesso que essa informação me deixou bem feliz, já que, mesmo com as barreiras invisíveis, havia muito a explorar.

Para contextualizar em que ponto estamos na narrativa, nossos protagonistas Cloud, Barret, Tifa, Aerith e Red XIII chegam aos arredores da cidade de Junon, onde eles encontram algumas figuras encapuzadas misteriosas. Logo depois, o grupo precisa se direcionar para a cidade. E é nesse momento que o jogo se abre.

O deserto que beira a cidade é uma área relativamente extensa e que realmente o incentiva a explorar e completar os objetivos secundários antes de seguir a história principal. Dentre eles, nós temos os minichocobos, que precisamos seguir para liberar os pontos de Chocobo.

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Mini-chocobos são essenciais na progressão de FF7 Rebirth

Nesses pontos de Chocobo podemos descansar para recuperarmos pontos de vida e de mana, além de recebermos uma pena dourada. Essa é uma moeda que podemos trocar em ranchos por equipamentos para personalizar nossos próprios Chocobos. E, sim, nós podemos fazer carinho nos minichocobos assim que desbloqueamos o ponto a que ele nos levou. É muito fofo!

Já que falamos neles, com um mapa ampliado seria preciso maneiras para se locomover mais rapidamente, para não termos um walking simulator que desestimula a exploração do mapa. E é aqui que entram nossos Chocobos.

Podemos chamá-los a qualquer momento, de modo muito similar a como funcionava com a Ambrosia em Final Fantasy 16. Inclusive, é possível traçar várias semelhanças entre a exploração dos dois jogos, já que elas são bem similares em certas aspectos. O que para mim é ótimo, já que passei mais de 70 horas só explorando e descobrindo os segredos de Valisthea.

Além de ajudar na locomoção pelo mundo de maneira mais ágil, os Chocobos conseguem farejar tesouros escondidos pelo mapa. Podemos então seguir o faro das nossas montarias até chegar onde o tesouro estaria enterrado e cavar, descobrindo itens valiosos que podem ser vendidos no mercado por um ótimo valor.

Temos também diversos componentes espalhados pela região, que podemos coletar para construir itens, como poções, infusão de Fênix, elixires, éter e travesseiros para podemos descansar fora de camas e bancos. A cada item novo que craftamos ganhamos XP para nosso Nível de Criação, que libera mais itens para podermos construir. Particularmente achei essa uma adição interessante e que ameniza um pouco o grind para termos acesso a itens antes das partes mais complicadas, e estou curioso para ver o que mais vamos poder construir nesse novo sistema.

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Crafting de itens é parte essencial da experiência em FF7 Rebirth

Por fim, temos os Avistamentos, que são batalhas contra inimigos mais fortes e que têm uma lista de desafios para completarmos, como matar os inimigos em um determinado tempo, ou conseguir aplicar atordoamento neles. Quando completamos esses desafios e vencemos a batalha vamos completando uma barra chamada informe global e recebemos mensagens de uma personagem chamada Mai, quem não vimos na demo.

Velhos rostos, nova jogabilidade

Diferentemente da primera demo, que tinha um grupo fechado e fixo, aqui nós temos três opções de parties diferentes: a primeira conta com Cloud, Red XIII e Aerith, a segunda com Cloud, Red XIII e Barret e a terceira com Cloud, Aerith e Tifa.

Aqui tive a oportunidade de testar e brincar um pouco mais com diferentes combinações de personagens, e percebi que, assim como Cloud e Sephiroth, cada personagem é bem único na maneira de se jogar.

Barret é um tanque que consegue exercer bastante pressão a distâncias mais longas, enquanto absorve todo o dano direcionado aos outros personagens que você controla. Aerith já é uma personagem bem mais leve, e que consegue tanto atacar inimigos distantes quanto dar suporte e proteger o resto do grupo. Ela também ganhou uma nova habilidade de se teleportar para diferentes cantos do campo de batalha onde sua magia está, tornando ela uma maga bem móvel e versátil.

Tifa é uma lutadora bem ágil e intensa especialista em pressão a curtas distâncias e em dar dano em inimigos causando atordoamento. Assim como Cloud, ela recebeu um belo upgrade nas animações, que estão bem mais fluidas, tornando sua gameplay bem prazerosa. E, por fim, mas não menos importante, temos Red XIII, que para mim pareceu a mistura de um cão do inferno com o Taz, dos Looney Tunes. Ele é muito rápido e consegue desferir vários ataques ao mesmo tempo, tem também um excelente controle de grupo com suas habilidades e seu golpe giratório, que cobre uma área considerável.

Experimentar as combinações entre esses personagens foi extremamente divertido e me permitiu descobrir diferentes associações que encaixavam melhor contra diferentes tipos de inimigos. Para inimigos voadores, por exemplo, é interessante ter Barret ou Aerith, enquanto contra inimigos terrestres Tifa e Red brilham.

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Combinações entre personagens devem ser pensadas confome o tipo de inimigo em Final Fantasy 7 Rebirth

Pude testar também novas habilidades de Sinergia entre eles, descobrindo assim novos efeitos, como tornar meus inimigos mais suscetíveis a atordoamento por um tempo. Entender como cada personagem funciona e quais combinações são mais efetivas em combate já era algo muito presente desde o Final Fantasy 7 original. Mas isso é ainda mais importante agora que cada personagem tem uma jogabilidade mais única e que realça um estilo específico de jogo, já que os combates têm uma ação bem mais acelerada do que o RPG de turnos de 1997.

Quando terminamos de explorar tudo, podemos seguir com a narrativa e seguimos para Junon, até que somos forçados a salvar Yuffie do Terror das Profundezas. Sim, você não leu errado, Yuffie só é introduzida nesse momento, e precisamos salvar a jovem em vez de Priscilla, como era no original.

A batalha contra o Terror das Profundezas é bem divertida e até um pouco desafiadora, forçando os jogadores a colocar em prática tudo que treinaram durante a exploração para poder derrotar o boss. Portanto, não deixem de fazer os encontros para se prepararem adequadamente para as lutas com maior grau de dificuldade.

Conclusão

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Poderá Sephiroth mudar o próprio destino?

Final Fantasy 7 Rebirth é uma evolução em todos os aspectos de seu antecessor. O jogo traz um combate mais dinâmico e fluido, com novas mecânicas que adicionam uma profundidade revitalizante e chegam como uma progressão natural de FF7 Remake.

Em termos de exploração, Rebirth parece ter pego os melhores aspectos de jogos anteriores da franquia, como o próprio 16, e traduz de maneira quase perfeita para este novo universo. Diferentemente do que acontece com muitos jogos de mundo aberto atualmente, aqui senti que a exploração vem de forma natural e orgânica e que devido a coisas como a estação de Chocobos, os avistamentos, segredos e até as sidequests, que farão você querer andar por aí para poder ver tudo.

Final Fantasy 7 Rebirth chega em 29 de fevereiro de 2024 para PlayStation 5.


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Fonte: Via IGN