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O ano de 2019 marcou os anúncios dos tão esperados novos consoles da Sony e Microsoft (PS5 e Xbox Series X), além de ter consagrado Sekiro: Shadows Die Twice como o Jogo do Ano, pelo The Game Awards, tirando o prêmio do todo poderoso Death Stranding. Em relação a mercado global, jogos para plataformas mobile continuam no topo da preferência e a audiência para conteúdo de Esports não para de crescer.
Mas nem tudo é GG. Anthem, da BioWare, tropeçou no próprio hype e o Google Stadia ainda tenta encontrar seu caminho depois de ter bancado a ideia do “fim dos consoles”, mas sem entregar exatamente o que prometeu.
Confira, a seguir, o especial do Tecnoblog para os destaques de jogos deste ano.
Contents
Os jogos mais falados do ano
2019 foi o ano de títulos muito esperados, como o tão falado (mesmo sem muitos entenderem do que se tratava inicialmente) Death Stranding, do diretor Hideo Kojima, e o retorno de franquias, com Devil May Cry 5 e Resident Evil 2 (Remake), amadas por seus fãs.
Já Sekiro: Shadows Die Twice, lançado em março, colocou os jogadores na pele de um shinobi criado pela FromSoftware (Dark Souls, Bloodborne), estúdio conhecido por não nutrir nenhuma compaixão pela sua sanidade. O game, inclusive, foi o grande vencedor do The Game Awards, como Jogo do Ano.
No lado dos exclusivos, pela Microsoft tivemos o retorno da franquia Gears of War com Gears 5, em setembro, como principal destaque da empresa. Pela Sony, Death Stranding foi sem dúvidas o game de maior destaque entre os AAA do PlayStation 4. Teve também Days Gone, em abril, mas ele não foi tão bem recebido pela crítica assim. Não é um jogo ruim, do contrário, mas esperava-se mais dele.
A Nintendo, normalmente, traz o maior número de exclusivos em destaque todos os anos. A empresa não costuma (eu disse, não costuma) errar quando coloca as crias da casa para jogo. Em 2019, tivemos Super Mario Maker 2, The Legend of Zelda: Link’s Awakening, Luigi’s Mansion 3, Fire Emblem: Three Houses e, claro, Pokémon Sword and Shield. Uma versão Lite do Switch também chegou ao mercado em setembro.
Saindo do cenário dos exclusivos, games como Call of Duty: Modern Warfare, Control, The Outer Worlds, Metro: Exodus e os já citados Devil May Cry 5 e Resident Evil 2 (Remake) foram bem aceitos tanto pela crítica quanto pelos jogadores. Não esquecendo dos indies, vale destacar Disco Elysium (vencedor em quatro categorias no The Game Awards) e o hilário Untitled Goose Game – o jogo de um ganso que tem como objetivo de sua existência disseminar o caos e a discórdia.
Destaques da E3, BlizzCon e The Game Awards
A E3 desse ano foi até mais movimentada do que se esperava, especialmente com a saída da Sony dos eventos oficiais da feira. E tudo isso tem um nome: Keanu Reeves. Todos já esperavam por mais informações e novos vídeos do mega hypado (e tomara que seja bom) Cyberpunk 2077. Só o que ninguém imaginava é que um dos personagens do game da CD Projekt (franquia The Witcher) seria interpretado pelo ator queridinho da Internet.
Como se não fosse o bastante, Keanu apareceu em pessoa no palco da conferência da Microsoft para falar (muito por alto) da sua participação no jogo. Todos, presentes na plateia ou assistindo por streaming, foram à loucura (inclusive esta pessoa que vos escreve).
A Eletronic Arts mostrou o primeiro gameplay Star Wars Jedi: Fallen Order e, claro, anunciou FIFA 20 – que, assim como PES, sai todo ano. Pela Bethesda, Doom Eternal foi um dos destaques ao lado de Shinji Mikami (Resident Evil), que subiu ao palco para apresentar seu novo game: GhostWire Tokyo.
Sem a Sony para tentar “roubar” os holofotes, a Microsoft era a única empresa de consoles com uma conferência física na E3. E ela usou bem isso a seu favor: além de Cyberpunk 2077 (e o Keanu Reeves), foram anunciados um total de 60 jogos, além de novas parcerias – como a do estúdio Double Fine (Brutal Legends, Psychonauts e Broken Age). Também conhecemos a data de lançamento de Gears 5 para setembro deste ano.
A Ubisoft deu mais detalhes e mostrou um pouco do gameplay de Watch Dogs: Legion (que chega em 2020) e apresentou Ghost Recon Breakpoint, que não teve tanto destaque quanto The Division 2, lançado em fevereiro, da mesma desenvolvedora. A Square Enix focou no que os jogadores mais esperavam: Final Fantasy VII Remake (chega em 2020). Exclusivo para PS4, o game era um antigo pedido dos fãs do título original de 1997.
A Nintendo encerrou a E3 2019 com um trailer de gameplay de Luigi’s Mansion 3, anunciou o lançamento de The Legend of Zelda: Link’s Awakening para setembro e mais uma surpresa: a sequência de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, com direito a um vídeo teaser.
Mais sobre a E3 2019:
Fazendo as pazes com os fãs após a conferência morna de 2018, a BlizzCon 2019 meteu o pé na porta e jogou muito sangue e terror na cara dos jogadores com o anúncio de Diablo IV (finalmente!!!). Com um trailer cinematográfico, marca registrada da empresa, Lilith retorna a Santuário para fins ainda desconhecidos, mas desconfio que não seja nada bom. Ainda na conferência, foram anunciados Overwatch 2 e World of Warcraft: Shadowlands.
Para fechar o ano, o The Game Awards (uma espécie de Oscar dos videogames) coroou Sekiro: Shadows Die Twice como Jogo do Ano, uma surpresa já que muitos esperavam uma vitória de Kojima e seu Death Stranding. A vitória da FromSoftware foi merecida, em minha opinião. Sekiro é um ótimo jogo e extremamente desafiador. Além da premiação, o novo Xbox Series X foi revelado, bem como o primeiro teaser do exclusivo: Hellblade II: Senua’s Saga.
PS5 vs Xbox Series X
Sony e Microsoft deram a largada para a nova geração de consoles. Tanto o PlayStation 5 quanto o Xbox Series X (antes chamado de Project Scarlett) têm lançamentos confirmados para o final de 2020. Como a Microsoft não ajuda muito em relação à contagem dos seus videogames, saiba que o Series X é a quarta geração do Xbox (no caso do PS5 é mais óbvio).
Como nenhum dos consoles ainda está (oficialmente) disponível para review e apenas alguns estúdios têm acesso a versões de desenvolvedor dos aparelhos, ficamos refém das informações técnicas divulgadas aos poucos pelas próprias fabricantes.
Há algumas semelhanças de hardware entre os dois consoles, que ainda terão espaço para discos. Ambos os dispositivos usam processadores AMD e armazenamento por SSD (vamos ver se, assim, o tempo dos loadings diminui um pouco). Sony e Microsoft também estão usando memória GDDR6. Tanto o PS5 quanto o Xbox Series X prometem experiências em até 8K e suporte a tecnologia ray tracing, que permite gerar efeitos de luzes e sombras mais próximos do real.
- Segue o que já se sabe das especificações (até a publicação deste artigo):
PLAYSTATION 5 | XBOX SERIES X | |
Processador | AMD Zen 2 CPU | AMD Zen 2 CPU |
Placa de vídeo | AMD com tecnologia Navi | AMD com tecnologia Navi (12 TFLOPs) |
Memória | GDDR6 SDRAM (capacidade não confirmada) | GDDR6 SDRAM (capacidade não confirmada) |
Armazenamento | SSD (capacidade não confirmada) | NVMe SSD (capacidade não confirmada) |
Drive Óptico | Sim (4K Blu-ray) | Sim |
Resolução máxima | 8K | 8K |
Taxa de Atualização | 120Hz | 120Hz |
Suporte VR | Sim | Desconhecido |
Cloud Gaming | PlayStation Now (não confirmado) | Microsoft Project xCloud |
Retrocompatibilidade | Sim (Jogos de PS4) | Sim (Jogos de Xbox, Xbox 360 e Xbox One) |
Disponibilidade | Final de 2020 | Final de 2020 |
Um ponto bastante positivo do PS5, que o PS4 não tem, é o recurso de retrocompatibilidade. Com o próximo console da Sony será possível jogar títulos do console da geração passada. Ele também dará suporte ao headset PlayStation VR e seus jogos. Do lado da Microsoft, a empresa confirmou que o Xbox Series X permitirá jogar qualquer jogo de gerações passadas.
Sobre exclusivos que serão lançados para cada plataforma, a Sony apenas confirmou, até o momento, o game Godfall. Acredito que muito pelo fato da empresa estar focada nos lançamentos de The Last of Us – Parte II e Ghost of Tsushima, que muito provavelmente terão versões específicas para o PS5 no futuro. A Microsoft já confirmou, para o Xbox Series X, a chegada de Halo Infinite e Senua’s Saga: Hellblade II.
Mais sobre o PS5 e Xbox Series X:
A indústria de jogos em números
Segundo dados da Newzoo, especializada em pesquisa e análise de marketing para jogos e Esports, o mercado de games mobile mais uma vez está na frente das demais plataformas. Segundo a pesquisa, apenas a renda mobile soma 46% do mercado global. Este crescimento é 9,7% maior em relação a 2018. Em segundo lugar, games para consoles alcançaram 30% do mercado mundial, seguido de perto pelos títulos jogados em PC, com 24%.
A Newzoo também avaliou o crescimento da audiência global em Esports de 2019. Segundo a agência, o número total de pessoas que consumiram esse conteúdo cresceu 12,3% em relação a 2018. A audiência total global é de 443 milhões. Deste número, 245 milhões de pessoas assistiram ocasionalmente enquanto 198 milhões já são entusiastas de Esports. A projeção para 2020 é de crescimento e espera-se que, ao final do ano que vem, 495 milhões de pessoas se tornem entusiastas ou curtam ocasionalmente conteúdo deste nicho.
Ainda falando em algumas projeções para 2020, o ano promete traçar o primeiro passo de um nova década para a indústria de jogos, com o lançamento da nova geração de consoles (PS5 e Xbox Series X), o aumento de ofertas de jogos em nuvem (será que o Google Stadia vai vingar?), aumento no número de serviços por assinatura e etc.
A expectativa da Newzoo é que, em 2020, o mercado global de games gere mais de 160 bilhões de dólares (aumento de 7,3% em relação a 2019). Em termos de receita, 2020 poderá ser o ano de crescimento mais lento com games para consoles tendo o menor avanço (em receita global) desde 2015.
Vale lembrar que tanto o PS5 quanto o Xbox Series X serão lançados no final de 2020. Talvez, por isso, a expectativa seja mais baixa para consoles no próximo ano, já que ainda estaremos lidando com plataformas em final de geração. Para 2021 é possível que esse número volte a crescer.
O que poderia ter dado certo
Lançado em fevereiro, Anthem foi cercado de expectativas, especialmente por ser um game desenvolvido pela BioWare (Dragon Age, Mass Effect) – estúdio muito conhecido por seu foco em narrativa e RPG. No entanto, o jogo recebeu várias críticas – desde problemas constantes de instabilidade de servidor a crashes.
A polêmica em torno do game é que alguns ainda suspeitam que o lançamento de Anthem foi apressado pela Eletronic Arts. Por isso, o título teria sido entregue ao público “mal polido” e com muitas falhas técnicas.
O Kotaku publicou um extenso artigo mostrando o que aconteceu nos bastidores da produção deste AAA (segundo entrevista do site). Detalhes da história mostram como o projeto saiu do controle e nunca mais conseguiu voltar aos trilhos.
O que mais chateia dessa situação é que a BioWare tem um histórico de grandes produções na indústria dos games. A trilogia Mass Effect é maravilhosa, em minha opinião, e Dragon Age é um prato cheio para quem ama RPG e narrativa. Uma pena mesmo. Espero que o estúdio consiga se reerguer depois de Anthem. Afinal, que desenvolvedora nunca passou por altos e baixos?
Quem também poderia ter se saído melhor em 2019 foi o Google Stadia. A plataforma de streaming de jogos, lançada em novembro para alguns países (por enquanto), promete aos jogadores acesso a games sem a necessidade de um console físico. Basta, segundo a Google, uma boa conexão com a Internet (no mínimo 10 Mb/s ou 35 Mb/s para 4K) e algum aparelho para acessar o serviço, como um smartphone, tablet ou computador. Para usar na TV é necessário ter um Chromecast Ultra.
Os problemas começaram com o atraso de algumas entregas do kit Premiere Edition (joystick, Chromecast Ultra e três meses de Stadia Pro gratuito) para quem fez a reserva do produto. Alguns que já conseguiram testar o Stadia afirmaram que ele até funciona, mas há algumas limitações por enquanto. O catálogo de jogos, por exemplo, ainda é pequeno, mas se tratando de um serviço novo isso até passa.
Alguns reviews sobre o Stadia dizem que “mesmo sob condições ideais (acesso à internet por fibra, conexão direta ao roteador e TV OLED 4K) há uma diferença notável entre jogar um título no Stadia e executar o mesmo jogo em um dispositivo local, como um PC ou um PS4” – segundo a Wired.
Mais sobre o Google Stadia:
Fazer uma previsão de como será a performance do Stadia na realidade da Internet brasileira pode não ser algo tão complexo. Se em países como os Estados Unidos, e com todos os recursos técnicos disponíveis, alguns jogos que deveriam rodar em 4K foram jogados em Full-HD, por aqui pensar em “Stadia 4K” quem sabe (ainda) é um sonho distante.
Por enquanto, não há informações (até a data de publicação deste artigo) de quando a Google lançará seu serviço em países com baixa/média qualidade de Internet, mas espera-se minimamente um Full-HD para, talvez, valer todo o investimento.
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Fonte
curso de desenvolvimento de jogos