Dead Island 2 – Review

Vendo os trailers, você deve imaginar que Dead Island 2 é bem mais ‘leve’ que o primeiro, com doses de humor e personagens divertidos… e você está certo, embora o jogo consiga ter um clima bastante pesado em vários momentos. Vou comentar sobre a personalização de armas, gameplay, combate, história, personagens e mais.

Aviso de Spoiler: Vou citar partes da mecânica do jogo e da história.

Você escolhe como jogar

Você pode escolher vários personagens para completar a campanha e cada um deles tem atributos diferentes, além de algumas habilidades únicas. Conforme sobem de nível, novas skills são desbloqueadas, então não é errado afirmar que você pode formar builds diferentes.

Cada um deles possuem personalidades únicas e, embora muitos diálogos sejam diferentes entre os NPCs, não espere uma história distinta de cada um. Jacob, um dos personagens jogáveis, faz piada de tudo quando está lutando, já Amy, a personagem com quem mais joguei, é mais séria e focada, além de conquistar estranhamente a simpatia de todos. Vale dizer que ela é uma atleta paralímpica e é a personagem mais rápida do jogo, com uma alta taxa de críticos, embora tenha pouca resistência.

Hordas de zumbis o esperam, mas nem pense em lidar com todos de frente usando um facão ou uma katana… ou então faça isso. No fim das contas você escolhe como enfrentá-los, embora o jogo tenha uma certa dificuldade que o força a usar estratégias.

Existem vários elementos no cenário, como barris explosivos, de água (para você eletrocutar os zumbis), veneno e mais. Em muitos momentos é mais vantajoso atrair as hordas e matá-los de uma vez. Especialmente considerando o fato de que alguns zumbis podem causar muito dano, eles podem ser muitos, você não tem recursos infinitos e, caso não faça quests secundárias, os inimigos podem ficar alguns níveis acima de você.

Claro que estou me referindo a jogar solo, pois o multiplayer se mostra bem mais fácil. Contar com amigos que possuem facões elétricos e espadas flamejantes lançando shurikens que decapitam pode ser bastante útil para avançar.

Você pode encontrar certa dificuldade entre o começo e o meio do jogo, com relação a recursos e pouca experiência, mas conforme avança tudo fica mais fácil, já que você acessa habilidades insanas e armas devastadoras.

Uma perspectiva sombria, ao mesmo tempo que é engraçada

Sim, Dead Island 2 é um jogo engraçado, com personagens divertidos, cenas de comédia, momentos hilários e muito sangue e violência. No entanto, por exemplo, Amy tem uma perspectiva mais séria e mais sombria e você pode perceber isso quando ela está quase morrendo de tanto sangrar logo no começo do jogo ou quando ela fica enojada, pois descobriu que o exército estava dissolvendo pessoas vivas em uma piscina de ácido e jogando tudo pelo esgoto.

Apesar de haver vários momentos que quebram o gelo, você ainda pode sentir o frio na barriga em ter que correr de muitos zumbis de noite, ou ser rodeados de inimigos sem ter para onde fugir. Isso depende de com quem você vai jogar, algumas missões e, claro, sua afinidade com jogos do gênero. Não espere um terror, apenas alguns sustos simples, bastante comédia e muita violência.

O combate pode parecer muito lento no começo

Você pode notar que seus golpes são bastante lentos (mesmo com personagens mais rápidos) e encontrar certa dificuldade em se locomover e se esquivar enfrentando hordas de zumbis. Mas isso rapidamente vai sendo amenizado conforme você sobe de nível e consegue novas habilidades.

Em níveis mais altos você consegue ter golpes fortes e devastadores, além de ter mais velocidade. Vale dizer que eu joguei com Amy que é uma das mais rápidas do jogo (segundo seus atributos) e o começo foi bem lento. Perto do fim ela estava cheia de armas brancas personalizadas com dano altíssimo e um conjunto de habilidades que favorecem a sua agilidade.

Sua melhor jogada é apostar em elementos do cenário no começo da campanha, especialmente se estiver jogando solo. Quando tiver os melhores itens do jogo, apenas massacre as hordas como preferir.

Além disso não senti muita fluidez nas lutas. Por exemplo, ao derrubar zumbis no chão você poderia pisar em suas cabeças para finalizá-los, mas muitas vezes você faz isso e a opção de esmagar não aparece. Um outro fator é que a esquiva, embora seja muito útil e pode dar uma dinâmica incrível para quem prefere uma gameplay mais corpo a corpo, falha em alguns momentos. Um exemplo é você estar claramente longe do alcance de um zumbi e ele ainda assim o atingir.

No mais, você vai ter momentos muito emocionantes de desmembramento e golpes críticos, além de finalizações criativas com elementos do cenário. Conforme você avança terá acesso a poderes sobre-humanos, que vão deixar claro que o jogo é mais descontraído. Será possível esmagar zumbis com as próprias mãos e bater de frente com aqueles que sofreram mutações e ficaram gigantes. Vale dizer que é uma experiência bastante satisfatória.

A personalização de armas é um dos pontos mais interessantes

Confesso que foi uma das partes que mais me prendeu. Poder eletrificar seus equipamentos, ou fazer com que sejam incendiários, impactantes, cortantes e daí em diante é bastante satisfatório.

Alguns zumbis apresentam resistência a certos elementos, então é bom ter uma gama de armas personalizadas de maneiras diferentes para lidar com todos da melhor forma possível.

Jogo foi feito para jogar com amigos

Não espere um desenvolvimento muito elaborado da história e algumas coisas podem parecer fora de lugar, mas uma coisa é certa: o jogo busca divertir você. Eu arriscaria dizer que você só vai ter a experiência completa de Dead Island 2 jogando no modo multiplayer.

Enfrentar as hordas de zumbis com aliados é bem mais interessante. Na verdade o jogo pode ficar monótono em vários momentos conforme você avança, já que basicamente a mecânica é a mesma em muitos momentos. É nesse ponto que ter alguém para jogar junto pode ser melhor.

Concluindo a Review de Dead Island 2

Espere um jogo de zumbis divertido e com muita violência, mas que não apresentará muita dinâmica até o final do jogo, quando você consegue habilidades mais poderosas e equipamentos mais efetivos.

Não é possível dizer que o jogo se equipara à Dying Light 2, que foi feito pelo estúdio que criou o primeiro Dead Island. Mas é só em Dead Island 2 que você usa um soco inglês eletrificado em zumbis, explodindo suas cabeças e depois saca uma katana, como um verdadeiro samurai, desmembra hordas mutantes, ao mesmo tempo em que pode lançar shurikens que podem decapitar se usadas corretamente.

A história, independente da campanha que escolha, terá alguns furos, mas alguns personagens vão agradar com seu carisma e seus diálogos bem feitos. É um jogo de comédia com muitos elementos sombrios e violência exacerbada.

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