007: Sem Tempo Para Morrer é duplamente especial: primeiro, por ser o 25º título da franquia; segundo, por marcar a despedida de Daniel Craig no papel de James Bond após 15 anos e cinco filmes.
Que essa seria a despedida de Craig como o charmoso agente britânico 007, todo mundo sabia. No entanto, o mistério estava no “como” esse adeus aconteceria. Quais são, afinal, as últimas palavras da Era Craig em James Bond? Qual foi a solução encontrada para o desfecho? É o que te contamos a seguir, com muitos spoilers sobre 007: Sem Tempo Para Morrer.
Prossiga com a leitura apenas se já tiver assistido ao filme e quiser entender melhor ou se simplesmente não se importar com spoilers.
“Eu sei.” É com essas duas palavrinhas que Daniel Craig se despede como James Bond no cinema. Embora pareça vago, há todo um contexto para essa fala — e ele é bastante emotivo, vale ressaltar.
Em 007: Sem Tempo Para Morrer, o grande vilão é Lyutsifer Safin (Rami Malek), cujo projeto Héracles, arma biológica com nanorrobôs, ameaça milhões de vidas.
Entre encontros e desencontros no primeiro e segundo atos do filme, o clímax de Sem Tempo Para Morrer é todo ambientado na ilha de Safin. O objetivo de Bond e Agente Nomi (Lashana Lynch) é resgatar Madeleine Swann (Lea Seydoux) e sua filha Mathilde (Lisa-Dorah Sonne) — além de, claro, destruir o projeto Héracles e evitar um estrago gigantesco na humanidade.
Tudo parece dar certo quando Madeleine e Mathilde são resgatadas e Nomi elimina o cientista Valdo Obruchev (David Dencik). Nesse momento, a marinha britânica prepara mísseis que destruirão o covil de Safin — mas para que o plano seja efetivo, Bond deve abrir os portões na sala de controle.
De novo, as coisas parecem se encaminhar para um final feliz, e Bond consegue abrir os portões — no entanto, pouquíssimo tempo depois, eles se fecham novamente. Madeleine e Mathilde conseguem escapar da ilha em um barco e Bond promete se juntar a elas em breve.
Enquanto voltava para os portões, Bond se depara com Safin no jardim mortal dele e é baleado. Embora o Projeto Héracles tenha sido usado para matar membros da Spectre, Safin desenvolveu também nanorrobôs capazes de matar pessoas com DNAs específicos e compartilhados. Em determinado momento, Q (Ben Whishaw) explica que não há cura para o contato com nanorrobôs. Essa informação é de extrema importância.
No reencontro de Safin com Madeleine, lá pela metade do filme, o vilão caricato leva para casa uma amostra do DNA (mecha de cabelo) da amada de Bond. Na luta final com Safin, nosso agente é ferido com nanorrobôs geneticamente codificados para Madeleine e, por tabela, para a filha Mathilde.
Em uma das grandes revelações do filme, descobrimos que Mathilde é, sim, filha de James. Portanto, Bond nunca mais poderia se aproximar das duas pessoas mais importantes de sua vida sem matá-las.
Completamente entregue à situação, Bond mata Safin e volta para fechar de vez o portão. Ele dá o sinal positivo para que Q, M (Ralph Fiennes), Moneypenny (Naomie Harris) e Tanner (Rory Kinnear) lancem os mísseis. Então, ele liga para se despedir de Madeleine — e, de certo modo, de todos os fãs.
Em conversa emocionante, Bond diz que Madeleine “tem todo o tempo do mundo”. Ela, por sua vez, só confirma o que Bond já sabia: “Ela [Mathilde] tem os seus olhos”. Bond, no último suspiro, diz, enquanto olha para o horizonte: “Eu sei. Eu sei.” A explosão toma conta e leva o James de Craig, que se sacrificou por amor, pela família e pela humanidade uma última vez.
007: Sem Tempo Para Morrer está em cartaz nos cinemas brasileiros. Para mais sobre o filme, confira o review do IGN Brasil.
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