A Worldcoin quer se tornar a maior rede financeira do mundo. Um sistema descentralizado completo onde cada pessoa recebe tokens para confirmar que é uma pessoa única. E como isso é verificado? Com um identificador biométrico único, que nada mais é do que um scanner do nosso olho, e mais especificamente da nossa íris. Para participar disso, o usuário deve escanear sua íris por um dos diversos pontos que a empresa possui ao redor do mundo.
E embora todo esse jargão possa parecer incrível, a Worldcoin acaba de receber outra rodada de financiamento de US$ 115 milhões (cerca de R$ 600 milhões). Embora esteja em fase beta e os tokens ainda não estejam disponíveis para usuários de vários países, a empresa de Sam Altman já conseguiu arrecadar uma boa quantia de dinheiro e conta com quase dois milhões de usuários.
Sem surpresa, a Worldcoin foi criticada por seus riscos à privacidade. Escanear as retinas de milhões de pessoas é um processo muito intrusivo e, embora o WorldID assegure que essas varreduras sejam destruídas uma vez processadas, isso não é suficiente para convencer pessoas, que tem se mostrado publicamente céticas no Twitter.
Para justificar a sua atividade, a empresa explica: “Mais de 50% da população mundial não possui uma identidade humana verificável. Na era da IA, onde a linha entre o que é ou não real é bastante tênue, esse teste se torna ainda mais importante”.
Uma promessa de intimidade que não é unanimidade
A política de privacidade da Worldcoin é algo que eles consideraram por um longo período. Por exemplo, a empresa promete que as imagens do Orb serão “imediatamente removidas, a menos que especificamente solicitado pela pessoa que se inscreveu”.
Por padrão, os únicos dados pessoais enviados do Orb são uma mensagem contendo uma representação digital dos recursos mais importantes da imagem, o código da íris, para validar a exclusividade. É graças a esses dados que a empresa valida a digitalização. O World ID promete que foi projetado com Zero Knowledge Proofs, que permite o compartilhamento de informações.
Todo este processo termina com a utilização do World App, a aplicação criada para gerir os nossos tokens. O aplicativo está disponível para iOS e Android no Brasil, além do site Worldcoin, e também é usado para gerenciar Bitcoin, Ethereum e outras stablecoins. Porém, vários usuários relataram erros no cadastro e a falta de Orbs para escanear o olho.
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