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Counter-Strike 2 tem um problema e única solução possível seria ignorar leis da física

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O objetivo da Valve para o lançamento do Counter-Strike 2 era jogo que estivesse competitivo desde o primeiro dia. Uma meta ambiciosa. Porém, os desenvolvedores encontraram alguns problemas na hora de finalizar. Principalmente quando falamos da conexão e dos servidores.

Counter-Strike 2 e luta contra um velho fantasma dos shooters

A conexão é a principal falha que destacamos em nossas primeiras impressões do jogo e também aquela que a comunidade mais tem manifestado se não levarmos em conta erros de programação ou pequenos descuidos que são fáceis de corrigir através de atualizações que chegam diariamente.

Há algo, às vezes difícil de explicar, que parece errado quando jogamos Counter-Strike 2. Embora quando tudo corre bem o jogo tenha um desempenho notável, não é incomum ver que há momentos em que as balas atingem os inimigos com atraso, como se “chegassem” uma fração de segundo depois de parar de atirar.

São erros de correção essenciais para que o jogo tenha um bom desempenho na competição online e para evitar a segregação da comunidade em servidores de terceiros como os da FACEIT ou ESEA. No entanto, um dos erros mais graves é a “peeker’s advantage” algo como “vantagem dos espreitadores”. Um pesadelo para todos os jogos de tiro que pretendem ser competitivos.

O termo, para quem não conhece, pode ser explicado de forma simples: leva a vantagem o jogador que toma a iniciativa de um confronto. O que acontece é que o primeiro que aparece para iniciar um tiroteio vê seu inimigo alguns frames antes que o inimigo possa vê-lo. No GIF a seguir você tem um exemplo da situação.

Jogador que abre o ângulo tem vantagem e vê o inimigo antes (GIF: 3DJuegos/via YouTube CS2 Highlights)

Principalmente quando o ping do defensor é alto, a peeker’s advantage é muito considerável. No fragmento de vídeo anterior vemos como o jogador da esquerda consegue finalizar seu rival antes que ele possa vê-lo.

É um bug que já existe há muito tempo no Counter-Strike, mas desta vez tem dois problemas adicionais. Por um lado, a percepção dos jogadores é que a situação piorou. Por outro lado, a Valve pretende evitar a repetição da já situação do CS:GO com servidores de terceiros.

Os desenvolvedores do Valorant enfrentaram o mesmo problema durante o desenvolvimento do jogo. “Até que aprendamos a nos mover mais rápido que a velocidade da luz, a ‘vantagem dos espreitadores’ nunca desaparecerá. É algo que existe em todos os jogos”, disseram no blog oficial.

A forma de amenizar a situação foi optar por 128 servidores tickrate e uma estrutura de conexão que minimizasse a latência. Como o ‘ping’ do defensor é uma das variáveis ​​mais importantes que determinam o tamanho da vantagem do jogador iminente, reduzir a quantidade torna-a muito mais tolerável. Apesar de tudo, no jogo de tiro da Riot Games ainda existe, segundo os próprios desenvolvedores, entre 40 e 70 milissegundos de vantagem.

Nesse sentido, Counter-Strike 2 deveria seguir uma receita semelhante. É normal que haja problemas, já que esta nova versão vem acompanhada de grandes mudanças na conexão que a Valve ainda precisa se acostumar.


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Fonte: Via IGN

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