Na primeira cena que vimos de The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, Zelda cai em um buraco enquanto Link tenta desesperadamente pegá-la. Parece que ela precisa de uma mão, não é mesmo?
Bem, ela aparentemente recebe muitas, muitas mãos, como o produtor Eiji Aonuma e o diretor Hidemaro Fujibayashi disseram que “mãos” são um tema importante em Tears of the Kingdom.
Em uma entrevista publicada pela Nintendo, Aonuma e Fujibayashi falam sobre como o tema “mãos” foi introduzido em parte para distinguir Link em Tears of the Kingdom de qualquer outro Link, daí vem o estranho braço direito transformado.
“Os títulos da série Legend of Zelda entrelaçam todos os elementos de jogabilidade, mecânica e história, e os combinam em um único jogo”, disse Fujibayashi. “Para este título, escolhemos “mãos” como o tema principal para reuni-los. Por exemplo, as habilidades que Link usa para resolver quebra-cabeças são todas liberadas das mãos e braços dele. Inclusive incluímos isso simbolicamente na mecânica do jogo, como em certas cenas que usam as mãos para abrir portas especiais. Esse tema de “mãos” também surge aqui e ali como um elemento-chave à medida que a história se desenvolve.”
Já vimos isso acontecer um pouco na pré-visualização e no trailer, com a habilidade “Ultrahand” de Link sendo usada para combinar objetos do mundo em veículos e outros aparatos úteis. Mas, segundo o diretor técnico Takuhiro Dohta, vai além disso.
É um tema filosófico também.
“O jogo anterior era um jogo relativamente solitário, ou melhor, um jogo de resistência em que você fazia pleno uso do corpo e da força de Link sozinho para atravessar o vasto mundo. O que é único desta vez é dar as mãos e cooperar com vários personagens e, às vezes, criar itens com as próprias mãos de Link e utilizá-los conforme você avança.”
O diretor de arte Satoru Takizawa observou que o tema das mãos também está presente no visual, e o diretor de som Hajime Wakai acrescentou que palmas e outros sons semelhantes foram implementados na música do jogo.
Aonuma então juntou tudo: “mãos” expressam a ideia de “conectar”, diz ele.
“Isso também se aplica à história, que se conecta ao passado de Hyrule. Também fala sobre uma grande luta chamada ‘A Guerra do Aprisionamento’, que até agora era considerada um mito até mesmo em Hyrule.”
Ao que Fujibayashi acrescentou que, apropriadamente, o protagonista se chama “Link”.
Certamente veremos ainda mais instâncias desse tema visualmente, audivelmente e tematicamente à medida que nos aproximamos do lançamento de Tears of the Kingdom na sexta-feira.
*Traduzido por Maria Eduarda Pitão
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