Dragon’s Dogma pode ser considerado um clássico cult da sétima geração de consoles. Lançado em 2012, o RPG de ação e fantasia da Capcom não foi um enorme sucesso comercial, mas quem jogou sabe o quão subestimado é esse jogo. Onze anos após o lançamento do game original, foi anunciado que o título receberia uma sequência, o que surpreendeu muitos que pensavam que a franquia havia sido engavetada lá no fundo dos arquivos da Capcom. O IGN Brasil foi convidado para participar de um preview hands-on de Dragon’s Dogma 2, no qual tive a oportunidade de jogar aproximadamente uma hora do game e já antecipo que saí de lá com um gostinho de quero mais.

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Combate ágil e fenético

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Imagem: Capcom/Divulgação

Não tive a oportunidade de ver muitas coisas da história, por isso irei focar no combate e gameplay, que foi o que mais aproveitei durante o teste. Pude ter acesso a uma build ainda em desenvolvimento do jogo, na qual onde pude testar três vocações: Arqueiro, Guerreiro e Ladrão. Não é preciso dizer que cada uma delas possui qualidades e funções distintas que moldam os conflitos e as estratégias que você e seu grupo adotarão. Você sempre estará acompanhado de três NPCs, cada um deles com uma classe complementar a sua. Por exemplo, enquanto estava tentando o Arqueiro, meus companheiros eram um mago, um ladrão e um guerreiro. Porém, não se preocupe em ficar preso a uma vocação do início ao fim do jogo, pois é possível trocar de classe em uma taverna no vilarejo de Melve.

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Tela de troca de Vocações (Imagem: Capcom/Arquivo Pessoal)

Arqueiro

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Imagem: Capcom/Divulgação

Essa foi a classe que eu usei por mais tempo, já que além de trechos de combate, pequenos momentos de história estão disponíveis com ela. Jogar de Arqueiro em DD2 está um pouco diferente, já que agora a vocação se tornou uma das classes básicas, diferentemente do primeiro jogo, no qual o Strider, que possuía arco e adagas, era a vocação inicial para a arma de longa distância. Com ela você pode atirar rapidamente ao apertar quadrado para embates a curta distância ou mirar com L2 e atirar com o R1 para ataques de longa distância com maior precisão. É possível também chutar os inimigos que se aproximam demais para ter uma escapatória, já que batalhas muito próximas são algo que você deve evitar com o Arqueiro.

No geral, é uma classe simples e que oferece uma gama de habilidades de tiro muito legal, pelo o que estava disponível nessa build. Porém, algo que me incomodou é como a mira se comportou durante a jogabilidade. Sinto que ela precisa de mais melhorias até chegarmos à versão final de Dragon’s Dogma 2. Ainda assim, foi uma experiência bem satisfatória aproveitar os confrontos com os inúmeros Goblins usando um arco e flecha.

Guerreiro

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Imagem: Capcom/Divulgação

É provavelmente a classe que deixará os jogadores mais confortáveis para se aventurar no controle do Arisen. Equipado com uma espada e escudo, o Guerreiro é uma vocação básica presente em quase todo RPG, e no controle dele eu fiz um embate emocionante contra um Ciclope que cruzou meu caminho enquanto estava indo fazer uma quest.

Com o Guerreiro, o combate vira quase um hack’n’slash e consiste, basicamente, em mesclar golpes fracos e fortes para realizar alguns combos, mas também temos habilidades especiais disponíveis, que vão desde estocadas furiosas até ataques giratórios no ar que podem ajudar a derrubar Harpias.

Voltando ao Ciclope que mencionei durante o entrave com essa enorme fera, pude testar os poderes do guerreiro e observar mais o comportamento dos meus companheiros de party. Esse é um tipo de inimigo bem grande, então muitas vezes você realiza ataques em suas pernas para nocauteá-lo e deixá-lo mais vulnerável. Em um momento que o derrubei, eu e o NPC do meu grupo da classe Ladrão imediatamente começou a escalá-lo. Como Guerreiro, também é possível subir em monstros de maior estatura, e quando o fiz tive uma sensação de Shadow of the Colossus, em um embate bem emocionante. Essa é a vocação mais básica e simples para quem quer um combate descomplicado no game.

Ladrão

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Imagem: Capcom/Divulgação

Essa foi a minha vocação favorita e com certeza irei escolhê-la na versão final do jogo, porém foi a que testei por menos tempo. Como Ladrão estamos equipados com duas adagas, somos extremamente ágeis e podemos até usar bombas de fumaças em meio as lutas que enfrentamos, para despistar qualquer inimigo que cruze nosso caminho.

Uma coisa que não citei nas vocações anteriores para destacar somente aqui foi que, durante esses embates, quanto mais atacamos nossos rivais, nossas armas ganham um buff de ataque elemental. Com Arqueiro e Guerreiro, os equipamentos ficam imbuídos com dano elemental de fogo, enquanto com o Ladrão ganhamos um buff de relâmpago.

A agilidade desta vocação me cativou e me fez ver a evolução do combate de Dragon’s Dogma 1 para esta sequência.

Lembrando que essas foram as vocações disponíveis durante o teste, mas na versão final haverá um número muito maior disponível. Você pode conferir mais detalhes sobre as classes de DD2 clicando aqui.

Um pequeno salto, mas um grande potencial

A jogabilidade de Dragon’s Dogma 2 ainda é bastante semelhante à do primeiro jogo e de fato dá para sentir a alma dele ali, porém é tudo um pouco mais refinado e responsivo. Não existe um grande salto de qualidade, mas existe um imenso potencial nesta sequência. Os visuais são belíssimos, embora a variação de cenários tenha sido baixa durante esse teste de apenas uma hora, as florestas são lindas, porém pouco vivas e as expressões faciais são ótimas, graças a qualidade da RE Engine (provavelmente DD2 e Pragmata serão os últimos títulos com esse motor gráfico, já que a sucessora da RE Engine, a REX Engine, está a caminho). O enredo ainda é uma incógnita, e tudo bem com isso, no entanto parece que Grigori, o dragão vermelho devorador de corações, possa estar envolvido nessa nova empreitada.

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Imagem: Capcom/Reprodução

Saí do teste de Dragon’s Dogma 2 com um gostinho de quero mais, mesmo que nem tudo tenha me deixado satisfeito e algumas coisas me desagradaram um pouco, como: o sistema de mira do arco, a IA dos companheiros, a coleta de recursos que continua pouco intuitiva assim como o primeiro jogo e o HUD, no qual nossa barra de vida e stamina estão um pouco escondidas. Ainda assim, enxergo Dragon’s Dogma 2 como um dos grandes jogos que teremos em 2024, e se estou certo ou errado, somente o tempo dirá, mas após a sequência de acertos e capricho com os trabalhos mais recentes da Capcom, é bem difícil não confiar no estúdio japonês, que tem acertado enormemente com franquias como Resident Evil, Monster Hunter, Street Fighter e Devil May Cry.

Dragon’s Dogma 2 ainda não tem data de lançamento definida, mas chegará para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC (via Steam).


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Fonte: Via IGN