Como é esperado de um game da franquia, as horas finais de Final Fantasy 16 são… malucas. Estamos falando de um jogo que tem monstros gigantesco saindo na porrada, então é natural que o desfecho fosse igualmente faraônico.

Se você já terminou a trama e quer esmiuçar cada detalhe dos significados e acontecimentos, ou se é do tipo que nem tem intenção de jogar e quer só saber como termina, revelaremos e explicaremos nesta matéria tudo o que acontece no final de Final Fantasy 16. Não é nem preciso dizer que teremos spoilers a torto e a direito aqui, certo?

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O plano de Ultima

Há muito tempo o deus Ultima e sua espécie criaram a magia. Ela permitiu que eles prosperassem, mas veio com um preço: a Praga. Os deuses não tinham poder para frear seu avanço, então 16 sobreviventes foram até um novo mundo: Valisthea. Mas a Praga os seguiu a essa terra e então eles perceberam que tinham apenas uma opção: construir um novo mundo.

No entanto, usar o feitiço que criaria esse novo mundo necessitaria um imenso poder mágico, bem como um receptáculo forte o suficiente para usá-lo. Para adquirir esse poder os deuses sacrificaram suas próprias formas físicas para criar os Cristaismãe (Mothercrytals), enormes estruturas que drenariam o aether natural que flui pelo solo de Valisthea. Para ter este receptáculo os deuses criaram a humanidade. Após muitas gerações esta nova raça eventualmente geraria um Mythos: um humano capaz de usar poderes inimagináveis. O Mythos então seria possuído por Ultima, que então usaria esta força cultivada pelos Cristaismãe para usar o feitiço criador de mundos.

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Este plano levaria milhares de anos para acontecer, então Ultima e sua espécie entraram em hibernação. Mas ao abandonar suas responsabilidades como deuses da humanidade, o povo de Valisthea ficou perdido. Forçados a se defenderem sozinhos, com o tempo eles adquiriram livre-arbítrio e determinação. Isso os levou a descobrir a magia, o que levou a conflitos e guerras… atraindo a Praga. Em resumo, os humanos repetiram as falhas de seus criadores.

Ultima acordou quando Clive e Cid destruíram Drake’s Head. Embora Joshua tenha conseguido usar o poder da Phoenix para prender o espírito de Ultima, ele já tinha reconhecido Clive, aquele que podia usar o poder de múltiplos Eikon, era Mythos. Então Ultimate começou a traçar as últimas fases de seu plano. Ao influenciar o rei Barnabas e o imperador Olivier, Ultima garantiu que Clive entrasse em conflito com grandes forças para que, eventualmente, ele matasse os Dominantes, absorvesse seus Eikons e gradualmente ficasse mais forte como Mythos. O vilão também usou sua influência para levar Clive à missão de destruir os Cristaismãe, afinal, a cada destruição ele também estaria liberando o espírito de um deus.

Depois que Clive absorve o poder de todos os Eikons, Mythos quase chega a seu potencial total. É hora de Ultima preparar “Raise”, a magia que ele diz que permitirá aos deuses ascender ao paraíso, mas que, em contrapartida, destruiria toda a humanidade e Valisthea.

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Mythos e Ifrit Risen

A forma final de Mythos é Ifrit Risen, uma criatura colossal que é a combinação de Ifrit e Phoenix. A imagem de Ifrit Risen pode ser vista por toda Valisthea como parte de murais religiosos, mas é só quando Joshua visita Gjallarhorn em Waloed que vemos a versão completa deste mural.

A pintura mostra sete Eikons: Garuda, Ramuh, Shiva, Titan, Bahamuth, Odin e Leviathan, todos olhando em adoração para Ifrit Risent. A ausência de Ifrit e Phoenix em suas formas individuais sugere que ambos, e Ifrit Risen, não são Eikons da mesma maneira que os outros. Isso é reforçado quando Clive e Joshua se deparam com Ultima Prime, um corpo caído que parece Ifrit, na Fenda Interdimensional. Faz sentido que o receptáculo de Ultima tenha uma aparência parecida à sua antiga versão física.

Embora o plano de Ultima gire em torno da criação do Mythos, ele também previu a possibilidade de Logos: a forma corrompida de Mythos que teria sua própria força de vontade. É o que Clive se tornou. Quando a humanidade abandonou seus deuses ela adquiriu livre arbítrio, de modo que Mythos nasceu com determinação para fazer suas próprias escolhas. Além disso, nas gerações que passaram desde que Ultima abandonou Valisthea a fé dos humanos nele se findou, o que o deixou fraco. Mas Clive, fortalecido pela fé de seus amigos, consegue resistir Ultima e colocar um fim nos planos apocalípticos dele.

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Impedindo Ultima

Após uma batalha na fortaleza de Stonhyrr em Waloed, na qual o último dos cinco Cristaismãe de Valisthea é destruído, Ultima se retira para Twinside. Neste ponto nos é revelado que a cidade é construída em cima da Origem, a arca em que os deuses chegaram em Valisthea há milhares de anos. Ultima ergue a Origem ao céu e a rodeia de cristais, que imediatamente começam a drenar aether da terra. Isso faz com que a Praga se espalhe mais rapidamente e também que aether inunde a terra, corrompendo os habitantes e animais em servos, conhecidos como Akashic.

Clive, Joshua e Dion decidem atacar a Origem. Dion se transforma em Bahamut e leva os irmãos entre o exército de Ultima, até o cristal de Origem. Lá dentro os três usam seus Eikons para criar uma enorme explosão, que apenas retarda Ultima. Dion é morto e Clive fica gravemente ferido. Joshua usa o poder da Phoenix para curar seu irmão, mas isso o deixa fraco, mal conseguindo andar.

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Clive carrega Joshua ao centro de Origem, onde Ultima os aguarda. O deus se funde aos espíritos de sua espécie que foram libertos dos Cristaismãe, e então usa sua cartada final – o espírito preso em Drake’s Head que estava dentro de Joshua. Com todos os deuses reunidos em uma única mente e a Origem com todo o aether necessário, a magia para criar este novo mundo é iniciada. Tudo que Ultima precisa fazer agora é possuir o Mythos.

Em seus momentos finais, Joshua dá a Clive o poder total da Phoenix para que ele pudesse se tornar Ifrit Risen sozinho. Clive então enfrenta Ultima em uma batalha enorme, com três fases, na qual ambos usam os poderes dos Eikons para causar muito dano um ao outro. Enquanto Ultima faz de tudo para forçar Clive a se render, ele é eventualmente derrotado por sua própria criação.

Conforme passa por seus últimos momentos, Ultima pergunta a Clive o que ele fará com sua liberdade. O protagonista reconhece que a humanidade é imperfeita e que provavelmente muitas gerações futuras passarão por tribulações, mas declara que tudo vale a pena para ser livre. Clive então absorve o poder de Ultima e finalmente se torna Logos.

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O sacrifício de Clive

Depois de aprender os efeitos nocivos da magia não apenas em Valisthea, mas também no mundo de antes, Clive percebe que para salvar os humanos deve erradicar a magia por completo. A única maneira de fazer isso é usar todo o seu poder e o de Ultima para queimar o coração da Origem e destruir o último Cristalmãe.

“Parece que o poder de Ultima era demais para esse receptáculo o tempo todo”, diz Clive. “Mas enquanto eu o sou, posso usá-lo para fazer o certo e ver o legado de Ultima queimar nas chamas. Mesmo que signifique o meu fim”.

É um ato que o matará, mas como ele compreende que é o único jeito, Clive faz o sacrifício. O último Cristalmãe é destruído e o mundo é liberto da magia. Depois vemos Clive surgir em uma praia. Lá ele olha para um céu limpo cheio de estrelas, observando sua própria magia se esvair, morrendo logo em seguida.

Ou será que ele morreu mesmo? Vemos Jill e Torgal olhando para o céu noturno com a estrela de Metia brilhando intensamente. Entre o povo de Valisthea existe a crença de que fazer desejos para Metia fará com que eles se tornem realidade. Ver a estrela faz com que Jill comece a chorar e Torgal a uivar, mas pode ser que ambos estavam chorando por alívio em vez de tristeza. Jill frequentemente pedia a Metia para que Clive voltasse a ela, então talvez os poderes da estrela salvaram Clive? O fim do protagonista é incerto.

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Cena pós-créditos

Depois dos créditos rolarem vemos um curto e doce epílogo da jornada. Um jovem que vagamente lembra Clive acende uma fogueira com madeira e pedra, dizendo para a mãe que queria ter as chamas de um Eikon. Ela responde dizendo que magia é apenas um conto de fadas. O garoto então sai para brincar com seu irmão loiro e seu fiel cachorro. A câmera então mostra um livro sobre uma mesa, intitulado Final Fantasy, escrito por ninguém menos que Joshua Rosfield. Parece então que Joshua escreveu um relato de sua jornada até chegar à Origem. Embora os eventos reais que aconteceram no jogo provavelmente tenham sido registrados neste livro, milhares de anos depois eles são tidos como contos, mitos. Os dois irmãos e seu cachorro, como um eco feliz de Clive, Joshua e Torgal, brincam no jardim e recriam momentos do livro favorito deles. Eles vivem uma vida livre.


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Traduzido por: Matheus de Lucca

Fonte: Via IGN