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Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 é o filme de ação definitivo

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O sétimo filme da franquia Missão: Impossível chega aos cinemas brasileiros em 13 de julho e, além suceder o muito bem recebido Efeito Fallout, de 2018, a primeira missão de Ethan Hunt pós pandemia também é o segundo grande blockbuster de Tom Cruise pós distanciamento social — após o estrondoso sucesso de Top Gun Maverick.

Com um clima próximo do tom de espionagem do primeiro filme — ainda que juntando elementos das outras entradas da franquia — Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 consegue fazer parte de um todo, com fórmulas já consagradas, mas sempre muito bem-vindas.

Nova missão, velhos costumes

Há uma certa constante nos filmes de Missão: Impossível. Em algum momento da trama os personagens principais serão considerados inimigos pelo governo norte-americano, eventualmente por alguns outros também, e então descobrem que o buraco é mais embaixo do que o começo do filme fazia parecer.

Tudo isso se repete em Acerto de Contas Parte 1, embora de maneira mais orgânica do que nos últimos títulos. Tal como no primeiro filme, no qual Hunt acaba sendo considerado um inimigo pela CIA, o novo longa-metragem coloca um dilema parecido para o personagem — com implicações maiores e com o retorno de Eugene Kittridge, vivido por Henry Czerny.

O retorno do antagonista deixa claro a intenção do filme de retornar às origens e até mesmo a eventos que acontecem antes do primeiro, com uma espécie de retcon ainda não muito explorado, envolvendo Gabriel, um dos vilões do novo filme, vivido por Esai Morales.

Gabriel parece ter sido o maior motivo de Ethan para entrar na IMF e se tornar o agente que conhecemos desde o primeiro Missão: Impossível, de 1996. Esse passado nunca havia sido explorado antes, então o roteiro toma cuidado para apresentar esse conflito sem expor tudo de uma forma jogada — afinal, ainda teremos a parte dois desse conflito.

Espionagem sci-fi

Inteligência artificial é um assunto cada vez mais comum — para o bem ou para o mal — e o roteiro do filme soube aproveitar isso para fazer um vilão crível baseado na tecnologia, sem ter que ficar explicando conceitos ou tecnologias para justificar o poder da A.I. É algo que não chega a ser revolucionário. Séries como Person of Interest e Westworld já fizeram coisas parecidas com o que o filme apresenta, mas a trama de Acerto de Contas Parte 1 coloca a tecnologia avançada de maneira natural, sem parecer um elemento jogado de qualquer forma na história.

Missão: Impossível sempre teve gadgets malucos e tecnologias incríveis, claro, mas é a primeira vez que um conceito tão forte de ficção científica é inserido na história — ao mesmo tempo que o sétimo capítulo da saga é, provavelmente, o que tem o menor número de explosões.

Há diversos momentos nos quais o filme faz referência ou relembra momentos da franquia, mas também existem cenas que parecem inspiradas em outros grandes nomes da ação dos dias de hoje. Não, não há cenas de lutas ultra-coreografadas como as de John Wick, mas há elementos dos filmes com Keanu Reeves, assim como um flerte com momentos de Velozes e Furiosos — mas com um cuidado maior do que nos filmes com Vin Diesel.

O acerto do carisma

São cerca de duas horas e 40 minutos de filme que passam sem parecer que todo esse tempo transcorreu na sala de cinema. Do começo ao fim, Acerto de Contas Parte 1 prende você na cadeira.

Se a tensão criada pela trama já é de tirar o fôlego, o elenco liderado por Tom Cruise agrada demais. Além de Cruise, a equipe está de volta com o retorno de Simon Pegg (Benji), Ving Rhames (Luther) e Rebecca Ferguson (Ilsa).

O carisma de Ethan Hunt já é conhecido e dessa vez fica ainda mais evidente quando, em determinado momento, ele consegue convencer uma nova agente a se juntar à equipe. Mas não é só aí que vemos o charme da franquia: além de Hunt e suas acrobacias, o filme conta com a adição de Grace (Hayley Atwell), que não sentiu o peso de estrear na sétima entrada e parece muito confortável nas grandes sequências de ação que participa — principalmente na perseguição em Roma com o simpático e clássico Fiat 500.

Diferente de outros títulos divididos em partes que chegaram esse ano, Acerto de Contas Parte 1 aproveita seu tempo para desenvolver e encerrar os arcos apresentados para essa parte. Sim, há o espaço para a continuação, mas é mais como um episódio de série que encerra uma temporada e deixa pontas abertas para uma próxima do que um episódio que acaba no meio, como foi o caso de Velozes e Furiosos e a animação do Homem-Aranha.

Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 é uma somatória não só do que há de melhor na franquia liderada por Tom Cruise, mas também uma grande combinação do cinema de ação com um thriller de espionagem. O melhor filme da franquia até aqui entrega tudo o que os fãs esperam. Muito se falou que Tom Cruise salvou o cinema com o último Top Gun, mas definitivamente ele elevou o patamar do cinema de ação com o novo Missão: Impossível.

Fonte: Via IGN

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