Nostalgia e renovação são dois sentimentos fortes quando você retorna ao universo dos apocalipses zumbis com Back 4 Blood. Apesar de ser um game completamente novo, suas claras inspirações em Left 4 Dead são mais que propositais, porém novos gráficos, personagens e mecânicas dão um ar de novo a essa insana e frenética aventura e deixam uma coisa clara: Back 4 Blood é um jogo próprio em seu próprio mundo.
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Cartas, em all-in
Francamente, se você jogou o período beta, ou não teve a oportunidade mas quer voltar a esse mundo, o sistema de cartas certamente será a novidade que mais vai chamar atenção. Claro que você ainda terá acesso a um arsenal, com os mais diferentes tipos de armas para combinar com seu estilo, contudo é inegável que as cartas tem um poder e um nível de importância que jamais poderá ser ignorado.
“Ao trabalhamos em Back 4 Blood, nossa intenção é deixá-lo tão incrível quanto ele pode ser”, disse Lianne Papp, produtora executiva da Turtle Rock Studios. “É definitivamente deixar Back 4 Blood ser sua própria experiência como um jogo de tiros com zumbis incrível com alguns novos elementos também, como o sistema de cartas”.
“Quando começamos a trabalhar com o jogo percebemos que precisávamos de uma coisa extra. Uma coisa é quando você está em um game de tiros em zumbis e precisa chegar à próxima fase, entretanto acredito que as pessoas querem curtir jogos com um senso de progressão.”, explica Lianne. “Tanto que tiramos muita inspiração [para Back 4 Blood] de jogos roguelike. A ideia é que você tem uma certa quantidade de itens e ferramentas para superar um cenário, e você terá problemas, pois teremos alguns momentos bem complicados e isso é um pouco intencional (risos)”.
Acredite, alguns momentos realmente não são nada fáceis! Back 4 Blood conta com uma senhora liberade, de escolher seus itens, cartas, por onde ir, se você quer ou não derrotar todos os inimigos encontrados pelo caminho, etc. Agora, isso não significa que o jogo simplesmente aceitará suas escolhas. Se você insistir por um camiunho que pode não ser o melhor para fechar um objetivo, o game pode lhe punir. Isso não quer dizer que seja impossível passar de uma fase com a destruição total dos inimigos dela, mas nem sempre essa tarefa será fácil. “Daí, se não der certo da primeira vez, talvez você precisará sair dessa missão, adicionar mais cartas, ou até fazer ajustes em seu deck baseados na experiência que você acabou de ter para daí poder tentar novamente”, disse Lianne, dando a dica.
“Testamos o jogo praticamente diariamente, e coletamos dados via telemetria. Calculamos quanto tempo levamos para passar de um estágio, por onde fomos pelo mapa, quanto de dano fazendo tudo o que o time pensou como estratégia, prestamos atenção no feedback de quem joga, se foi divertido, se foi complicado, e usamos tudo isso para fazer melhores interações. Sem falar que testamos muito o sistema de cartas para que ele chegasse a esse ponto que está hoje, e não seria nenhuma surpresa se continuássemos testando-o para trazer ainda mais melhorias.”
É realmente tão difícil assim?
Sim e não. Back 4 Blood mais lembra um enigma cujo caminho e escolhas levarão você à resposta certa, e essas mesmas escolhas podem determinar quão fácil ou ainda mais árdua será essa tarefa, por mais que o jogo tenha três níveis de dificuldade pré-configurados. “Temos tantos elementos diferentes que podem afetar sua experiência que tudo pdoe mudar”, conta Lianne.
“Você pode fazer uma ótima arrumação de cartas e as de desafio entregues pelo jogo podem ajudar e fazer com que tudo seja como uma brisa. Já em outras podem ver você com as piores cartas de Corrupção (que trazem os mais interessantes desafios), e isso é parte do que faz esse game ser tão interessante e é o que pode trazer as pessoas para a replayabilidade. Afinal, você vai querer experimentar coisas novas, e onde antes você tinha bônus para combates mais próximos podem fazer você querer experimentar batalha mais à distância numa próxima gameplay.
E foi exatamente o que aconteceu comigo. No ínicio, ao jogar com outros três ilustres aleatórios online, percebi que o time estavsa com certa vantagem para batalhas mais próximas, mas sempre sofrendo nas mãos de adversário mais distantes ou rápidos. Resolvi arrumar meu deck com habilidades que me davam vantagens em carregamentos mais rápidos e vida, peguei uma sniper e transformeu meu personagem em algo como um suporte, protegendo meus aliados à distância de perigos que eles às vezes nem conseguiam ver se aproximar, principalmente pelas costas. Para tanto, sempre procurava os lugares mais altos e sem inimigos por perto.
Atitudes como essa podem facilitar a vida do time. Perceba que a palavra time é muito importante nesse jogo. Você pode utilizar a moeda do game para comprar melhorias para suas armas e bônus que afetam toda equipe, porém nada disso adiantará se vocês não souberem agir de forma coordenada. Munição é algo simplesmente escasso, porém é possível compartilhar a sua com os demais membros da equipe, e tudo isso pode facilitar ou tornar a experiência ainda mais complicada.
“Você não apenas pode compartilhar sua munição, como também é possível dropar basicamente tudo o que coleta para outro jogador”, conta Lianne. “Se você pegou uma AK que não tem interesse em usar, você pode deixá-la para outro jogador, se um deles está sem munição você pode compartilhar a sua, seja de uma arma que você use ou não, ou seja, fizemos tudo isso para incentivar a cooperatividade. E sobre ficar sem munição, é por essas e outras que uma das minhas cartas favoritas é a munição ilimitada para arma secundária (risos)”. [Obrigado pela dica, Lianne! Definitivamente essa será uma das que mais vou querer nas minhas próximas partidas].
E a história?
“Frequentemente, em mundos de jogos de tiros zumbis, estamos no momentos do apocalipse onde tudo está dando errado. Daí, tudo o que você faz é tentar sobreviver. Mas nós realmente quisemos mudar isso e tentar uma abordagem diferente, que é o que estamos tentando comunicar com o título, Back 4 Blood”, revela Lianne. “As coisas deram errado, e o mundo está repleto de riddens (nomes dos monstros do game), e você faz parte desse grupo que se autodenomina como “The Cleaners” (do inglês livre, os limpadores) que quer recuperar o mundo”.
“Queremos afastar os riddens e limpar o mundo desta ameaça para que a humanidade possa prosperar novamente. Isso meio que celebrar o que é ser um badass e a iniciativa desses Cleaners por trás de Fort Hope (forte esperança), que é esse hub onde você centraliza essa iniciativa e faz tudo acontecer. Acredito que nos divertimos muito com essa atitude de mudança que faz você querer fazer muito mais”.
Por falar nos riddens, Lianne nos contou um pouco da inspiração dessas criaturas que trazem muito desafio (e me tiraram dos nervos às vezes). “Queremos contar uma história visual, ao criar criaturas com um visual tão legal”, disse Lianne após perguntá-la sobre de onde tiraram a ideia para tantas variações de ridderm, como o Ogro que pode nos levantar pela cabeça ou ainda o que nos prende com uma espécie de teia no chão. “Agora, elas têm que ter um propósito, correto? Afinal, em um jogo assim os jogadores tendem a ficar juntos, e nós queríamos trazer coisas que conseguiriam quebrar essa estratégia. Nada como algo que trouxesse um tanto de caos para essa mistura, adicionando elementos que viessem com mais para esse mundo como arte e gameplay”.
Back 4 Blood tem data de lançamento marcada para 12 de outubro no PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC, com crossplay entre plataformas, mas não terá crossave. O game ainda terá suporte para Nvidia DLSS e Reflex para quem optar pela versão de PC e também estará disponível no Xbox Game Pass. Não deixe de ver mais 14 minutos de gameplay do jogo e prepare-se para encarar diversos desafios zumbis em breve.
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