O que levaria você a invadir os territórios de criaturas das profundezas? O quanto de coragem – ou honra, ou a simples vontade de mostrar pruns capetas quem é a dona do reino todo – você precisaria para tomar uma decisão dessas em nome de seu povo? Pois na versão de demonstração da campanha de Total War: Warhammer III tivemos que encarar esse dessafio, e o IGN Brasil teve a oportunidade de testar a mais nova versão do game de estratégia da SEGA e Creative Assembly.
Nossa aventura nos colocou no papel da Czarina Katarin de Kislev, que decide invadir o caótico e sobrenatural reino do Deus do Sangue, Khorne. E como tínhamos que sobreviver à invasão demoníaca, levamos a luta até eles. Contudo, já lhe adianto: não foi nada fácil.
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A batalha aqui não foi uma simples questão de expulsar exércitos inimigos do campo, mas sim uma Batalha de Sobrevivência que faz jus ao nome do novo modo de jogo. Ele combina elementos de tower defense e gerenciamento tanto de recursos como de seu exército e a maneira com que você coordena seus ataques. Fora isso, Total War: Warhammer III ainda traz o DNA de Warhammer, porém com ares novos, e questionamos como os desenvolvedores conseguiram isso.
“Há tantas histórias brilhantes e criaturtas incríveis, ambientes e configurações no universo de Warhammer, e isso nos deu a plataforma perfeita para traduzir essa riquiza de forma em que tudo permaneça novo e empolgante”, revelou Ian Roxburgh, diretor do jogo. “Nossa filosofia é bem simples: vamos fazer disso algo divertido. E foi isso que nos guiou por toda essa trilogia”. Ian não mentiu, pois Total War: Waarhammer III pode ser inicialmente complicado e estratégico, contudo é simplesmente divertido e você quer chegar cada vez mais longe na medida em que joga.
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O início de um sonho gélido…
Para fazer jus à frase acima você precisa pensar em seus movimentos e saber utilizar bem os recursos disponíveis. Kislev é um reino inspirado nos eslavos e que entraram numa fria ao terem que suportar o fardo do Caos ao longo da história de Warhammer. Em termos de jogo, seu povo conta com uma infantaria bem interessante e variada. Diferente os adversários infernais que tivemos no caminho, dotados de pura força bruta de curta distância e os mais diversos poderes de combate corpo a corpo, Katarin e os guerreiros de Kislev têm desde caras fortes aos que também podem atirar.
Os arqueiros Kossar, por exemplo, podem se defender contra um ataque corpo a corpo, enquanto os Streltsy vão para a batalha com grandes machados, como uma verdadeira tropas de choque. Só não caia na mesma ilusão que nós, pois de perto, eles são armas para amolecer o inimigo à primeira vista, e nada muito além disso. Conhecer as peças de seu elaborado xadrez de batalha repleto de chamas e gelo é o primeiro passo para avançar.
Para nossa sorte, a habilidade única da líder dos gélidos guerreiros de Kisvel se encaixa perfeitamente no combate. By Our Blood faz com que suas unidades principais lutem com mais força assim que perdem metade de seus números. Pode não parecer muito, mas ver aquele pequeno número de guerreiros segurando a barra enquanto suas outras tropas estão a caminho não vai apenas contra todas as probabilidades, anima e inspira. Ela tem diversos outros poderes interessantes, inclusive de ataque direto, porém até nisso é bom pensar, entender os usos e tempo de cooldown para saber o que e quando utilizar.
A cavalaria também é muito forte, e seus lanceiros alados são velozes e capazes de causar danos considerável nos oponentes. Também há uma opção com arqueiros a cavalo, velozes e ideais para auxiliar sua infantaria como derrubar inimgos alados. Isso sem esquecer a cavalaria de ursos – sim, você está lendo corretamente, de URSOS -, que chega por último, porém está longe de ser menos importante. Com esse destacamento você é capaz de atravessar as hordas demoníacas de forma completamente agressiva. Ao mesmo tempo, eles são a prova que você precisa saber guardar seus recursos para conseguir invocá-los e tirar vantagem de sua força no momento certo.
…deu tudo errado. Socorro!
Mesmo com tanta inspiração, poderes gelados e variações sensacionais de diferentes tropas e gritos de guerra, levamos uma surra homérica. Afinal, do outro lado estavam os exércitos de Khorne. E, bem… eles são exatamente o que você esperaria de trogloditas demoníacos. Furiosos e estupidamente poderosos, eles crescem em números e poder a cada território que você conquiste e não param de chegar. Esquecer de administrar bem um local previamente conquistado é pedir para ver seus esforços anteriores derreterem, como suas tropas ao serem atacados por eles.
Em nossa segunda gameplay, e com muito mais cuidado, mantê-los a uma distância segura foi a jogada mais inteligente. Nossa estratégia para chegar mais longe definitivamente foi ganhar batalha a batalha de sobrevivência, ao resistir contra onda após onda dessas feras vermelhas e aproveitar os raros momentos de intervalo das invasões, ao conquistar um novo território. O caminho para conquistar o segundo e terceiro deles foi gastar recursos em torres, barricadas e reforços e segurar as multiplas ondas de adversários.
O quanto foi necessário quebrar a cabeça para chegar e ver o portal do Exalted Greater Daemon finalmente abrir foi realmente desafiador. Esse final, que requer enfrentá-lo e ainda segurar três pontos de controle diferentes, foi o puro suco do desespero e clique. Diverentes pontos de mapa, necessidade de reforçar as tropas e ainda chamar reforços, sem esquecer de ativar os tão necessários poderes de nossa Czarina.
Nossa filosofia é bem simples: vamos fazer disso algo divertido.
E é claro que na primeira vez que chegamos até o ponto final deu tudo errado e fomos derrotados novamente. Tudo bem perder a batalha e não desistir da guerra, pois não é essa a premissa de games RTS (Real Time Strategy)? Logo voltamos ao campo de batalha, para ver como conhecer melhor as tropas e o que elas podem fazer quando posicionadas de maneira mais estratégia, além de ter os poderes certos de Katarin de Kislev ativos. Isso fez com que chegássemos à terceira parte muito mais rapidamente e, após o final dessa prévia do game, em nosso papo com os devs, ficamos ainda mais curiosos para saber o que mais esperar de Total War: Warhammer III.
Por mais que eles ainda não pudessem revelar muito do game, ficou claro que as batalhas de sobrevivência também estarão disponíveis para cada um dos quatro Deuses do Caos, que terão sua própria versão para jogar. Será possível, inclusive, jogar como o demônios. Outra das informações que realmente empolga foi saber que também será possível jogar essas batalhas no modo cooperativo multiplayer! Imagine todo esse caos que enfrentamos no 1×1 de exércitos em uma escala ainda maior, com mais jogadores e exércitos em campo.
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Apesar de ser o terceiro título de uma trilogia, Total War: Warhammer III tem sua própria história e pode ser jogado por qualquer um, inclusive por quem nunca jogou um título da franquia antes. “Recebemos uma boa quantidade de feedback dos fãs da série, que amam um jogo de estratégia sandbox que é o que Total War: Warhammer III é, mas desta vez teremos ainda mais elementos de narrativa e história dentro da campanha, com aquela cutscene que ajuda a explicar tudo aqui ou ali”, explicou Roxburgh. “Nós traremos muito mais de Warhammer neste jogo, como nunca trouxemos antes. É algo que tem nosso total foco aqui”.
Total War: Warhammer III estará disponível para PC e tem lançamento marcado ainda em 2021. Você já jogou algum título Warhammer antes? Se sim, qual sua facção favorita?
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