A Sony chamou a preocupação reduzida da Autoridade de Competições e Mercados do Reino Unido (CMA) sobre o acordo da Microsoft com a Activision Blizzard de “surpreendente, sem precedentes e irracional”.
A CMA disse no mês passado que uma de suas principais preocupações provisórias — que o acordo prejudicaria a concorrência se a Microsoft tornasse Call of Duty um exclusivo do Xbox — não é mais um problema, solicitando respostas da Sony e da Microsoft. Essas respostas foram divulgadas pela CMA hoje, 6 de abril.
“A inversão da posição da CMA sobre a teoria de dano dos próprios consoles é surpreendente, sem precedentes e irracional”, disse o comunicado da Sony.
“As conclusões provisórias avaliaram um conjunto significativo de evidências na rodada para apoiar a conclusão de que a Microsoft teria a capacidade e o incentivo de reter o conteúdo da Activision, e isso diminuiria substancialmente a concorrência ao isolar o PlayStation”.
É uma declaração familiar, pois, desde que a Microsoft anunciou pela primeira vez suas intenções de comprar a Activision Blizzard por US $ 68,7 bilhões, a Sony disse ter levantado preocupações repetidas vezes sobre os usuários do PlayStation perderem o acesso a Call of Duty, ou pelo menos à melhor versão dele.
O Xbox negou essa preocupação com a mesma consistência, reforçando novamente o ponto em sua própria resposta ao CMA. “A Microsoft tem sido clara desde o anúncio da fusão: não tem intenção de reter ou degradar o acesso a Call of Duty ou qualquer outro conteúdo da Activision no PlayStation”, disse o comunicado.
“Tal estratégia estaria em contraste direto com os interesses dos jogadores no Reino Unido e ao redor do mundo. Em vez de limitar a escolha ou o acesso, a Microsoft pretende usar a fusão para trazer mais jogos para mais pessoas em mais plataformas e dispositivos”.
A resposta da Microsoft gasta mais de cinco páginas apoiando essa afirmação, enquanto a da Sony gasta outras dez a refutando.
Ambas as respostas foram realimentadas no processo de tomada de decisão, com a CMA tentando decidir se o acordo prejudicará ou não os jogadores do Reino Unido. As preocupações reduzidas não significam que o acordo será definitivamente concluído, já que a CMA disse que ainda tem grandes preocupações sobre seu impacto no mercado de jogos em nuvem.
Os argumentos dos lados de PlayStation e Xbox provavelmente continuarão nas próximas semanas, com uma decisão final prevista para 26 de abril.
**Traduzido por João Paes
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