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tudo sobre o caso do submersível guiado por joystick que sumiu procurando destroços do Titanic

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No último domingo (18), uma expedição turística a bordo de um submersível chamado Titan, com o objetivo de ver os destroços do navio Titanic, e organizada pela empresa OceanGate, desapareceu no Oceano Atlântico. Atualmente, equipes de resgate correm contra o tempo para encontrar o veículo e descobrir o estado de saúde das cinco pessoas que estavam a bordo.

Uma das questões que mais chamou a atenção do público sobre o caso é o fato do veículo se mover por meio de um controle de videogame. Entenda abaixo o funcionamento do submersível e qual é o status atual da operação de busca e resgate.

O desaparecimento do submersível Titan

A OceanGate é uma empresa que organiza pesquisas e expedições turísticas no oceano. O produto mais popular da companhia é uma viagem para ver destroços do navio Titanic – sim, aquele mesmo que afundou em 1912 e deu origem à um dos filmes mais famosos dos anos 1990.

A expedição realizada em junho deste ano começou no dia 18 e vale lembrar que é importante destacar que o veículo desaparecido se trata de um submersível, e não de um submarino.

A diferença entre eles é que o submersível precisa se comunicar com um navio de controle que o acompanha na superfície, enquanto o submarino deixa um mastro de comunicação fora da água para conseguir se comunicar com a Marinha e via satélite. Neste caso, a OceanGate afirmava utilizar StarLink, o serviço de internet via satélite de Elon Musk, para se comunicar com o navio na superfície por meio de mensagens de texto.

A viagem funcionava com um navio acompanhando o submersível até a superfície do local onde estão os destroços, quando ele deveria então descer por duas horas, oferecer o objetivo da viagem aos pagantes, e levar mais duas horas para voltar. No entanto, ainda na descida, a embarcação perdeu contato com o navio que lhe acompanhava após 1h45.

Cinco pessoas estão a bordo do submersível: Stockton Rush, CEO e fundador da OceanGate; Shahzada Dawood, empresário anglo-paquistanês, e seu filho, Suleman; Hamish Harding, empresário e explorador britânico; e Paul-Henri Nargolet, francês considerado especialista no naufrágio do Titanic.

Os destroços do Titanic estão a aproximadamente 700 km ao sul de St John’s, no Canadá. Atualmente, a operação de resgate é feita em conjunto pelas Forças Aéreas dos Estados Unidos e do Canadá, além da ajuda da França, que enviou o navio Atlante para auxiliar a missão.

Controle utilizado para guiar o submersível Titan

Submersível desaparecido era guiado por controle de videogame?

Esta expedição da OceanGate com o objetivo de ver os destroços do Titanic já aconteceu antes. Em 2022 o jornalista David Pogue da CBS, fez a viagem e disse em entrevista à BBC que hesitou em embarcar no veículo, que classificou como “experimental”, acrescentando ainda que ele “não foi aprovado ou certificado por nenhum órgão regulador e pode resultar em lesões físicas, incapacidade, trauma emocional ou morte”.

Na reportagem de Pogue, Stockton, fundador da OceanGate, mostra que dentro do mar o veículo é guiado por meio de um controle de videogame, mais especificamente um Logitech F710 Wireless Gamepad, lançado em 2010.

Em entrevista ao G1, o capitão Cetrim da Marinha do Brasil afirmou que o uso de equipamentos similares é comum. “Nos nossos submarinos alemães, mais antigos, o controle é igual ao manche de um avião, controla a profundidade e o rumo. Nos mais novos, os franceses, é um equipamento mais moderno que se assemelha ao joystick. Não impacta na confiabilidade desse submarino, é simplesmente uma concepção mais moderna”.

Em entrevista ao Insider, o cientista marinho Peter Girguis disse que o uso de equipamentos simples, como controles de videogame, podem tornar os submersíveis mais confiáveis. Vale lembrar que em 2017 a Marinha dos EUA anunciou que começaria a usar controles de Xbox 360 para operar mastros fotônicos (os substitutos dos periscópios), com o exército do Colorado estreando esse método em 2018.

Ainda assim, é importante ressaltar que em 2018 a OceanGate recebeu uma carta do Comitê de Veículos Subaquáticos Tripulados da Marine Technology Society que dizia: “Nossa apreensão é que a atual abordagem ‘experimental’ adotada pela Oceangate possa resultar em resultados negativos (de menores a catastróficos) que teriam sérias consequências para todos na indústria”. O documento foi mostrado para o The New York Times.

Como funcionará o resgate do submersível desaparecido?

No domingo, após o desaparecimento da embarcação, foi estimado que o veículo possuiria 96 horas de oxigênio disponível. Este prazo acabou nesta quinta-feira (22) e especialistas e autoridades já trabalham com a possibilidade dos passageiros a bordo do submersível estarem mortos.

“As buscas não vão parar por muitos dias, imagino, mas a realidade é que, se você basear apenas no oxigênio, eles ficarão sem oxigênio. O dióxido de carbono também é um elemento crítico para ele, assim como o frio. Seria um milagre se houvesse sobreviventes disso”, disse Ryan Ramsey, ex-capitão de submarino da Marinha do Reino Unido, para a agência de notícias PA.

Atualmente, existem três possibilidades do que pode ter acontecido com o submersível Titan: ainda estar no fundo do mar, o que tornaria muito difícil a missão de resgate, pois o veículo teria que ser içado para a superfície; estar flutuando próximo ou na superfície do mar, o que não necessariamente facilita o salvamento, já que a embarcação possui o tamanho aproximado de uma van e pode ser difícil de ser vista do alto; e ter implodido por conta da pressão da água, dependendo da profundidade em que estiver.


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Fonte: Via IGN

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